QUANDO OS ALUNOS APRESENTAM RESPOSTAS “ESTRANHAS”:REFLETINDO
SOBRE ALGUNS EXEMPLOS PARA MELHORAR A NOSSA PRÓPRIA PRÁTICA
Prof. Carlos Miguel Silva Ribeiro (Universidade do Algarve –
Portugal)
O que sabemos sobre cada um dos tópicos matemáticos, e como
o sabemos, condiciona (limita e/ou potencia) a forma como os abordamos com os
nossos alunos e, portanto, o conhecimento matemático que estes vão
desenvolvendo. O trabalho docente centra-se, em grande parte, na preparação e
implementação de atividades para os seus alunos e posterior correção e discussão
dos aspetos matemáticos envolvidos. Durante as resoluções dessas atividades os
alunos, fazendo uso do conhecimento matemático que detêm mas também,
frequentemente, da sua criatividade, apresentam resoluções “estranhas” e que à
primeira vista podem parecer completamente incorretas ou incoerentes mas que,
após uma análise mais cuidada nos podem deixar na dúvida. uma discussão e
reflexão sustentada nessas situações em que “ficamos na dúvida” leva‑nos
a repensar o nosso próprio conhecimento matemático (e didático), tornando-nos consciente de alguns aspetos
da sua especificidade para o ensino. Esta sessão de trabalho poderá iniciar-se a partir de dois
pontos distintos: alguma situação concreta que os participantes levem e queiram
discutir ou a partir de um conjunto de situações e resoluções que levarei. De
qualquer um desses pontos de partida pretende-se discutir e refletir sobre
alguns aspetos da especificidade do conhecimento matemático que nos cumprirá de
modo a atribuir sentido e significado às resoluções ou comentários dos alunos,
de modo a que possamos fornecer um feedback construtivo, promovendo uma “suave”
e profícua passagem entre as diversas etapas educativas.