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sábado, 3 de setembro de 2011

Encontro 03-09-2011

Leitura narrativa Luzia 

No primeiro momento do encontro discutimos as interessantes narrativas da Luzia e da Adriana. Após, o delicioso lanche providenciado pelas queridas Salgado e Helô, Rodrigo e Helô apresentaram considerações especiais sobre o escrever de forma narrativa.
 

 
Leitura narrativa Adriana

 Helô e Rodrigo

Segundo momento do encontro

sábado, 20 de agosto de 2011

Encontro 20.08.2011





















Hoje recebemos, no GdS, o professor jundiaiense Ary (Ariovaldo Antonio Zaniratto). Ele contou sua trajetória profissional e mostrou algumas experiências que fazem parte de suas aulas. O que mais me impressionou foi perceber sua paixão pelo que faz e pela história da matemática. Em um momento de sua apresentação, contou como percebeu que a Estrela Polar o energizava enquanto participava de um congresso em Portugal e com isso, voltou para seu cotidiano docente com energias renovadas... Não é exagero dizer que hoje, ele foi a Estrela Polar a nos entusiasmar com suas histórias.

Foi uma aula de CULTURA.


sábado, 13 de agosto de 2011

Reunião da Comissão do Site do GdS

A reunião aconteceu para que a comissão criada pudesse estudar e definir a cara do site do GdS. Conforme consta na ata do GdS de 30/04/11, a ideia é determinar uma dinâmica de design participativo. Enviaremos as sugestões por e-mail para serem aprovadas pela comunidade.
Se necessário, podemos esclarecer a dinâmica em um dos encontros do segundo semestre.

sábado, 6 de agosto de 2011

Encontro 06_08_2011

No primeiro momento do encontro realizamos a avaliação do primeiro semestre, discutimos a coordenação geral do grupo, o acontecimento do SHIAM, a organização do livro e os participantes trouxeram contribuições para o 2º semestre. Após o intervalo, discutimos a narrativa da Helô, fizemos várias sugestões e ficamos encantados com os relatos que a coordenadora trouxe.  



O encontro do Grupo de Sábado está sendo muito interessante

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Próximo Encontro 06_08_2011

No dia 06/08/2011 estaremos iniciando mais um semestre no Grupo de Sábado.

domingo, 29 de novembro de 2009

Encontro 28/11/2009

No encontro do dia 28/11/2009, em razão da ausência de vários integrantes dos subgrupos, realizamos alguns indicativos para o próximo ano (SHIAM, publicações etc).
Recebemos também, três alunas do curso de pós-graduação em Ed. Matemática, da PUC-São Paulo e, no segundo momento, contamos com a presença da Profa. Dilma Fregnona, da Universidad de Córdoba - Argentina. Ela nos contou sobre sua experiência e de Fernanda Del Prato com formação de professores que atuam na Ed. de Jovens e Adultos. Trouxe uma situação em que os professores passaram pela experiência de sentir certo "estranhamento" em relação ao sistema númerico maia.
Ah, sim, a manhã estava chuvosa!!!

Encontro 07/11/2009

No encontro do dia 07/11/2009, o subgrupo Arte&Matemática apresentou as atividades que estão sendo desenvolvidas. Solange e Geórgea apresentaram o trabalho de formação que desenvolvem com as professoras das escolas que atuam. Destacaram a importância do trabalho de formação que a Keli (GdS) desenvolveu e que participaram com narrativas.
Em seguida, Izaura apresentou as atividades que desenvolveu com seus alunos. Envolvendo formas geométricas, obras de Tarsila do Amaral e atividades do livro didático.
Em seguida, foi a vez da Milda apresentar suas atividades envolvendo a construção de representação de sólidos geométricos com a transposição de obras de Escher.
Após o intervalo apresentei meu trabalho de conclusão de curso (TCC) acerca da constituição da profissionalidade docente mediante às políticas públicas.
Neste encontro, também comemoramos o aniversário da profa. Dione com bolo e flores!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Encontro 17/10/2009

O grupo de medidas apresentou suas atividades. No início, Conceição apresentou a dinâmica que desenvolveram no subgrupo. Destacou que, a princípio, elaboraram questões norteadoras para que os participantes respondessem primeiro pelo conhecimento pessoal, depois buscaram teorias que embasavam os assuntos elencados. Compreenderam que na definição de medidas, prevalece o conceito de comparação.

Em seguida, as participantes apresentaram suas atividades. A Conceição retomou as atividades de medida que desenvolveu a partir de uma receita de bolachas com seus alunos, a Adriana L. destacou as atividades que desenvolve em seu trabalho de campo, a Keli apresentou o trabalho da Monike, já que ela não pode comparecer, sobre o desenvolvimento de uma história infantil com medidas e a Ithamara apresentou a experiência que desenvolveu com seus alunos da educação infantil.






Em seguida, o subgrupo de Frações apresentou as atividades que estão sendo desenvolvidas. O Davi apresentou a experiência que desenvolverá com seus alunos no colégio em que atua embasndo aspectos da interdisciplinariedade, enquanto que a Valdete apresentou o projeto de formação que desenvolve com as professoras que trabalha sobre frações nas séries iniciais e a experiência da Valda, com seus alunos de graduação, também foi citada e apresentada.








sexta-feira, 2 de outubro de 2009

26/09/2009 - Apresentação dos Subgrupos

No encontro do dia 26/09/2009, os subgrupos de "Funções" e "Sistemas e Matrizes" apresentaram atividades que estão planejando nos subgrupos. Algumas atividades estão sendo desenvolvidas em sala de aula. Neste encontro, estas atividades foram discutidas por todo grupo.








sábado, 19 de setembro de 2009

Encontro 12/09/2009

No último encontro do GdS, no primeiro momento, o prof. Dario apresentou o GdS enquanto comunidade de prática. E levou a seguinte apresentação:


Encontro 12/09/2008


No segundo momento do encontro, o Prof. Rodrigo apresentou uma experiência de sala de aula em que seus alunos desenvolveram atividades em grupos colaborativos. A princípio, lemos seu relato, em seguida, os participantes deram sugestões e tiraram algumas dúvidas sobre a experiência relatada. Também foram estabelecidas interlocuções entre a teoria de comunidade prática exposta pelo prof. Dario e a experiência do professor em trabalhar com grupos colaborativos em sala de aula.






domingo, 30 de agosto de 2009

Encontro 29/08/2009 - Subgrupos

No encontro do último sábado (29/08/2009), os participantes do GdS se reuniram nos subgrupos. Neste encontro, cada subgrupo deveria iniciar a construção da apresentação de sua diâmica. Pois, no dia 26/09, cada subgrupo terá 20 minutos para apresentar as experiências que estão desenvolvendo.

(Subgrupo Arte e Matemática)


(Grupo de Frações e Números Racionais)

(Subgrupo de Medidas)

(Subgrupo de Álgebra Linear)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Encontro 04/07/2009 com Beatriz D'Ambrósio

Neste encontro tivemos a presença da professora/pesquisadora Beatriz D'Ambrósio (Miami University - Oxford/Ohio - EUA) que trouxe uma apresentação sobre Investigações Matemáticas nas séries iniciais.

Beatriz iniciou suas colocações destacando as características de atividades investigativas. Os professores, alunos de graduação e pesquisadores presentes interagiram com suas questões.
Em seguida, propões aos presentes o desafio de desenvolver uma atividade investigativa. Beatriz apresentou respostas de alunos da atividade proposta por ela aos participantes, sendo que estas respostas deveriam ser escolhidas pelos participantes para supostamente serem apresentadas pelos alunos.

Os professores da escola básica, a todo momento, colaboravam com suas experiências de sala de aula.

Assistimos, ainda, a dois vídeos com as explicações dos alunos de uma escola, dos Estados Unidos, sobre a atividade investigativa proposta aos participantes.
Beatriz encerrou o encontro destacando que os professores e futuro professores devem "descobrir o mundo matemático do aluno" e os alunos devem ser levados a expor seus pensamentos.






domingo, 28 de junho de 2009

Encontro 20/06/2009


O assunto deste encontro foram as mudanças no Ensino Médio. Apesar de não termos nada oficial ainda, devido ao acesso que tivemos a vários documentos, decidimos realizar um encontro sobre o assunto, para tentar compreender estas mudanças que estão por vir.
O momento era bem oportuno já que, em 2010, haverá uma reunião do CONAE (Conselho Nacional de Educação) para definir os rumos da educação nos próximos dez anos. Este ano estão ocorrendo várias reuniões regionais em preparação ao CONAE 2010.
Iniciamos o encontro discutindo o documento de referência do CONAE que possui os seguintes eixos:
- Papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade: organização e regulação da educação nacional
  • Qualidade da educação, gestão democrática e avaliação
  • Democratização do acesso, permanência e sucesso escolar
  • Formação e valorização dos profissionais da educação
  • Financiamento da educação e controle social
  • Justiça social, educação e trabalho: inclusão, diversidade e igualdade

A profa. Dione chamou a atenção para a previsão da criação de um Sistema Nacional de Educação (SNE).

Não conseguimos contemplar todos os pontos do documento, pois ainda discutimos outros dois documentos referentes à proposta do MEC para o Ensino Médio. O primeiro, produto de um grupo de trabalho promovido pelo MEC sobre Ensino Médio, foi apresentado pela Lílian. O segundo que era parecido com o primeiro, foi apresentado pela Eliane e chamava-se "Ensino Médio Inovador".

O “Ensino Médio Inovador”, conforme anúncio do site observatório da educação, trata-se de uma proposta de experiência curricular inovadora no Ensino Médio, a ser implantada em regime de cooperação entre MEC e (prioritariamente) os sistemas estaduais de ensino (que decidirem voluntariamente participar).

Ao implementar esse sistema de EM, seria organizada uma Rede Nacional de Escolas Públicas de Ensino Médio. A previsão é que o projeto atinja 500 escolas.
Em notas enviadas com comentários e questionamentos aos participantes do grupo, o prof. Dario destacou que a proposta foi construída a partir de bases filosóficas e epistemológicas alinhadas aos princípios de uma formação humana voltada não apenas aos aspectos cognitivos, mas também comprometida com desenvolvimento humano e intelectual das crianças e jovens (desenvolvimento da cidadania e da autonomia). Sendo que tal formação contempla aspectos gerais e também específicos e a superação da dualidade entre formação geral e formação profissional visando completar (ou finalizar) a educação básica do jovem.

Segundo o professor, neste sentido, verifica-se a pretensão de configurar uma nova identidade para o EM, construída com base em uma concepção curricular unitária, mas que pode ser desenvolvida sob múltiplas formas, tendo como princípio estruturador a unidade entre quatro elementos fundamentais da atividade humana: TRABALHO, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

O desenvolvimento do EM sob múltiplas formas visa atender à diversidade de sujeitos e classes sociais que freqüentam o ensino médio. Daí a proposta de vários modelos de EM integrado:
1) EM integrado: sem a formação profissional, mas integrando os quatro elementos: TRABALHO, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.
2) EM integrado profissional: integrando EM com a educação profissional
3) EM integrado com a educação profissional técnica de nível médio (como já existe?)
4) EM normal (como já existe?)

Já as metas consistem em induzir, com apoio de recursos públicos, a criação de diferentes tipos de Escolas Públicas de Ensino Médio:
- Escolas de EJA;
- Escolas em parceria com o Sistema S (SESC, SESI);
- Escolas Públicas estaduais de EM integrado (Com apoio da União) etc...
- Ampliar as vagas nos Colégios de Aplicação (CAPs) das Universidades Federais.

Um questionamento tanto do prof. Dario quanto de outros participantes do grupo se referiu aos recursos deste projeto. Afinal, a apresentação de propostas para implementar (com recursos da União) esses tipos de escolas Públicas de EM, fica a cargo de Estados, Municípios, Universidades Federais, Estaduais e Municipais ou por consórcios público-privados?

Em relação a qualidade de ensino, o professor aponta “Com esta proposta, pode-se ampliar as modalidades de escolas públicas de EM com qualidade variada. Mas certamente não eliminará as escolas públicas de terceira ou quarta categoria. E isso não me parece politicamente correto. A QUALIDADE DEVE SER UM DIREITO DE TODOS OS ALUNOS QUE FREQUENTAM O ENSINO MÉDIO... não apenas para os que irão trabalhar em setores que exigem uma formação mais qualificada”.
Considerou ainda que a proposta do novo EM, em nenhum momento, tomou como referência análises das práticas vigentes de EM, nem os processos atuais de avaliação e seleção de jovens para ingresso no Ensino Superior e que tem como parâmetro conhecimentos, competências e habilidades que não contemplam um domínio de saberes pautados na unidade ou integração entre TRABALHO, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

Neste sentido, debatemos no encontro, se o novo ENEM será eficiente em estimular as transformações no EM. Destaquei que não acredito que uma avaliação poderá ser um estímulo eficaz para transformações consistentes. Ao questionar os professores do grupo acerca da percepções de seus alunos em relação ao ENEM, os professores relataram que apenas alguns alunos prestam e que não há questionamentos freqüentes sobre esta avaliação nas escolas públicas.

Ainda, em relação a proposta para o EM, o Prof. Dario chama atenção para o fato de que nada é dito sobre as reais possibilidades de ruptura da cultura escolar vigente. Ruptura essa que passa necessariamente pela formação dos professores e pela construção de um currículo escolar que ainda não existe. Em seguida, também questionou “quem seriam os formadores dos professores que irão atuar nessa nova modalidade de EM? Mas como os formadores irão treinar professores sob uma nova modalidade de prática de ensinar e aprender no EM, se tais práticas ainda não existem ou não foram experienciadas com os alunos brasileiros reais?”

Em relação a práticas impositivas de políticas públicas, o professor questionou se serão contratados especialistas - distanciados das salas de aulas – para produzirem em série e “a toque de caixa” as tarefas/atividades curriculares do EM integrado, de modo que possa contemplar de maneira unitária, articulada, exploratória e problematizadora os quatro elementos bases -TRABALHO, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA? Sendo que se isso acontecer, “certamente repetiremos os mesmos erros de outras reformas curriculares que fracassaram. Isso, porque, as pesquisas em várias partes do mundo mostram que: sem uma construção conjunta (entre formadores e professores ou futuros professores) de um outro modo de ensinar e aprender, os professores tendem a não assumir esse outro modo, pois não se identificam com ele”. Uma vez que os professores não veem valor ou correspondência entre sua cultura de referência (pautada numa tradição pedagógica) e aquela que está sendo proposta.

Segundo o professor, esta nova concepção de EM não será realmente incorporada e assumida pelos professores e pelas escolas:
  • Sem mudar o sistema de avaliação vigente que valoriza conhecimentos padronizados como medida do IDEB ou como critério de seleção de ingresso para os cursos superiores.
  • Sem mobilizar os professores que atuam no EM para atuarem em parceria com pesquisadores e formadores das universidades e centros de formação docente... Isso é, para, juntos, construírem e validarem novas práticas de ensinar e aprender... E nesse processo formarem também os professores a partir da reflexão e da investigação da prática.
Apesar das observações e questionamentos, consideramos alguns pontos positivos:
  • A possibilidade do professor fixar seu trabalho docente em um única escola, com condições de tempo para estudo e aprimoramento profissional e de desenvolvimento de uma cultura docente e curricular de EM diferenciada da atual;
  • A possibilidade de bolsas de Iniciação Científica a alunos do EM. Isso pode contribuir para construção, a longo prazo e a partir do chão das escolas e pelos próprios professores, mediante processos de pesquisa da prática, uma nova cultura curricular de EM, a qual poder ser, aos poucos, incorporada pelas demais escolas de EM do país e, sobretudo, pelos sistemas de avaliação (o ENEM, por exemplo). Para isso, entretanto, o programa deveria prever, a longo prazo, a disseminação desse tipo de escola de EM para todas as escolas públicas brasileiras e não apenas para as 500 escolas públicas de elite previstas pelo GT (como prevê a Meta 9 do documento do GT Interministerial).

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Encontro 23/05/2009

No encontro do dia 23/05/2009, os subgrupos encontraram-se para discutir diferentes temas relacionados ao ensino da matemática no ensino fundamental e médio.


Grupo de Medidas (Conceição, Adriana L, Monike, Roberto e Claúdia)

Grupo de Frações e Números Racionais (Valdete e Davi)

Grupo de Álgebra Linear (Eliane, Renata e Lilían)
Grupo de Funções (Fátima e Rosana)


Grupo Arte&Matemática (Solange, Geórgea, Edilaine, Milda, Marly, Cido, Izaura)






domingo, 10 de maio de 2009

Encontro 09/05/2009

No encontro do último sábado discutimos a Introdução do livro "O ensino de matemática hoje - Enfoques, sentidos e desafios" da autora argentina Patricia Sadovsky.



No segundo momento do encontro, a Edilaine apresentou uma oficina com representações de sólidos geométricos. Assim, disponibilizou palitos e gomas para que pudessemos compor nossas representações


Algumas explorações do conceito de sólidos geométricos foram discutidas. Alguns professores expuseram a forma como trabalham em sala de aula. 

domingo, 26 de abril de 2009

Encontro 25/04/2009



Iniciamos o encontro do dia 25/04, coordenado pela Rosana Rosolém, com a presença de uma nova participante; Maria da Graça que é Supervisora da prefeitura de Campinas. Em seguida assistimos ao filme "Pro Dia Nascer Feliz".  Ao final, lemos a entrevista concedida por Valéria ao GdS:










Entrevista com Valéria

 Vanessa - Primeiro gostaria de agradecer, em nome de todo Grupo de Sábado, você ter aceitado este convite. Como já contei para você, no grupo estamos discutindo o tema “Diversidade e Currículo”. No próximo encontro vamos assistir ao documentário “Pro Dia Nascer Feliz”. E a idéia de enviar estas perguntas veio do fato de que você representa um caso emblemático para pensarmos a diversidade na escola.                      

Vanessa - Eu tenho uma curiosidade - como você encontrou a literatura? Foi na escola? Alguém teve um papel especial neste encontro? Caso tenha sido na escola este encontro com a literatura, observamos também que a escola a excluiu pelo fato de ser diferente de seus colegas que não tinham tanto interesse na literatura e na escrita. Gostaria que você falasse um pouco sobre a importância da escola ter ampliado seu repertório cultural, e, entretanto não ter conseguido lidar com esta ampliação.

Valéria - Meu encontro com a literatura foi de fato na escola, na verdade eu sempre fui muito inquieta e na sala de aula não era diferente. Os professores não sabiam como lidar com o meu comportamento diante dos demais, eu não prestava atenção nas aulas e sempre levantava algum questionamento. Nos corredores e pátio da escola eu vivia chamando atenção de algum modo e por esse motivo a diretora me colocava de castigo. Deixavam-me numa sala sozinha e como eu passava horas e horas por lá, comecei a folhear os livros que havia numa prateleira. A partir daí começou meu interesse pela leitura. A escola na verdade teve que se adaptar a minha forma de ver o mundo, passei a escrever poesia e a organizar festivais dentro da escola, era muito complicado sensibilizar os professores e outros alunos para inovar a metodologia de ensino. Eles não entendiam por que aquilo poderia ser tão importante, na verdade não estavam dispostos e nem preparados para o novo. Eu comecei então a conter meu desejo de mudança, me sentia sozinha mesmo estando no meio de toda aquela gente que eu conhecia desde sempre. O fato da escola não ter ampliado seu horizonte está diretamente ligado ao fato de carregarmos o estigma de que pobre não precisa ampliar conhecimento, pobre não gosta de ler e, portanto não pode ampliar sua visão de mundo. Todo o contexto escolar era favorável á esse tipo de conceito por que não havia biblioteca, nem laboratório de informática, os recursos que havia eram o quadro e o giz.

 Vanessa - E como você vislumbra uma escola que valorizasse seu potencial de escrita?

Valéria - Acredito que a escola precisa repensar sua metodologia, não dá pra imaginar uma escola em pleno século xxI sem recursos que propiciam o desenvolvimento pleno do aluno. Acho que a escola ainda funciona num molde arcaico, a função que ela exerce é de ensinar o aluno a ler e a escrever, ela está preocupada em escolarizar quando na verdade ela deve EDUCAR. É preciso aproveitar o potencial que cada aluno trás consigo, envolver outras manifestações artísticas para dinamizar os conteúdos á serem trabalhados. A escola deve acompanhar a velocidade pela qual as coisas acontecem e se transformam, por que o mundo além dos muros da escola é muito mais atrativo.

 Valéria - Você ainda gosta de escrever? Espero que sim. Sem querer abusar, mas já abusando. Caso sinta-se à vontade, gostaria que você escrevesse algumas palavras da maneira que você quiser sobre:

Escola

Professores

Diversidade

Família

Manari

Valéria - A escola foi o espaço onde eu aprendi embora de maneira árdua a me descobrir enquanto ser humano.Opções de postagem

Os professores foram os heróis que aprendi a admirar, por que havia uma luta diária que era travada por eles contra um sistema complexo e muito perverso. Eles eram apontados como culpados, quando na verdade não passavam de vítimas.

 Diversidade: é a palavra que define o valor real de nossa existência, é o que nos faz acreditar que só existe sentido para as coisas que são diferentes e que nos completa de algum modo. Diversidade é isso que nos faz reconhecer outras formas de cultura, expressão de arte, beleza, é justamente o motivo pelo qual somos instigados a pensar, a questionar sobre as outras pessoas e situações, a aceitar e principalmente respeitar toda e qual quer forma expressão humana.

 Minha família é meu chão, minha base, o motivo pelo qual eu continuei nessa caminhada apesar de tanta adversidade. Meus pais foram às pessoas que me deram apoio incondicional mesmo não entendendo absolutamente nada de tudo aquilo que eu dizia e idealizava. Eles abriram mão de minha companhia para deixar ir à busca dos meus sonhos, deixaram uma filha de 13 anos liderar o fórum municipal da cidade, viajar por semanas participando de congressos sobre educação, fazer cursos em outras cidades, reivindicar condições mais adequadas para o transporte dos alunos. Às vezes eu sentia que eles só queriam ter uma filha normal. 

Manari: Bom, este foi o cenário que abrigou meus sonhos e que me fez sair do casulo e voar para além das impossibilidades. È o cantinho onde descobri as coisas mais fantásticas da minha existência, onde conheci as pessoas mais importantes. Manarí é o lugar que um dia vai ser conhecido mundialmente como a cidade das pessoas que deram á volta por cima, que vai ter escolas com ensino de qualidade e onde as pessoas vão poder ler á qualquer hora da vida.

      Rosana prosseguiu a coordenação do encontro relatando sua experiência em educação não formal. Em seguida, houve um debate acerca das ações das empresas que desenvolvem projetos educativos. 

Ao final do encontro combinamos o calendário para o dia 09/05:

- Discussão e Leitura do Primeiro Capítulo do Livro "O ensino de matemática hoje" 

- Experiência de sala de aula "Sólidos Geométricos" (Edilaine)

Coordenação: Roberto Barbutti