segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Segunda-Mesa 26/07/2008

A segunda Mesa-Redonda com o título "Grupos colaborativos como forma de resistência ao movimento homogeneizador das práticas escolares em Matemática", contou com as seguintes participações:
Profa. Dra. Cármem Lúcia B. Passos (Gem-UFSCar/São Carlos)
Profa. Ms. Eliane Matesco Cristovão (EE de Americana e GdS)
Prof. Mestrando Fernando Luís P. Fernandes (EE de Campinas e GdS)

Coordenação: Prof. Dr. Dario Fiorentini (GdS / PRAPEM / FE/Unicamp)

O Prof. Dario elaborou alguns apontamentos acerca do programa de formação continuada elaborado pela Secretária de Educação do Estado de São Paulo (SEESP) denominado "Teia do Saber", destacou que o modelo baseado na racionalidade técnica não tirou o Estado dos últimos lugares no ranking das avaliações de ensino Em razão disto, o SEESP resolveu apostar no material didático baseado no sistema apostilado de cursinhos prepatórios que partem de pressupostos homonegeneizadores das práticas escolares. Em seguida, apresentou os componentes da Mesa.

O Prof. Fernando Fernandes destacou sua experiência com o "Jornal" proposto pela SEESP para uma recuperação de 45 dias no início do ano e as sucessivas questões que surgiram no decorrer deste trabalho de recuperação com os alunos. Discorreu ainda, acerca das condições de trabalho que vivencia na escola estadual da periferia de Campinas em que leciona, desta maneira destacando uma reportagem publicada no Jornal acerca da violência na escola em que atua.

Já a Profa. Eliane M. Cristovão apontou as ações formativas que vivencia em sua carreira que acarretam diferentes sensações. Colocou que em alguns contextos seus saberes são valorizados, em outros sente um profundo desrespeito. Suas falas emocionaram os presentes que se identificaram com a professora que precisa abrir mão de seu lazer para formar-se continuamente em ambientes que valorizam os saberes dos professores. Destacou ainda que contextos colaborativos podem formar professores críticos.

Enquanto que a Profa. Cármem L. B. Passos trouxe sua visão de formadora de professores para o debate. Apontou que as políticas públicas de formação continuada não valorizam ambientes que privilegiam os professores enquanto principais protagonistas de seu desenvolvimento profissional. Trazendo a visão dos professores, mostrou alguns dados acerca das questões que motivam ou desmotivam a participação dos professores em cursos de formação continuada. Destacou também o papel da Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM junto ao Ministério da Educação acerca da complexidade da formação de professores.

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